domingo, 17 de julho de 2011

''antes platônico agora concreto, antes professor agora amor.''

sexta-feira, 8 de abril de 2011

Silogismo

   Definir o que somos e quem somos não é nada, nada fácil. Creio que como tudo que é vivo no mundo também somos um conjunto formado por moléculas, células, (e como humanos) somos também formados por tudo que ouvimos desde o primeiro dia de vida, pelas pequenas escolhas, pelas grandes escolhas, pelo que vemos e, principalmente pelo que sentimos. Porém mais complexo que isso é definir o que sentimos.
   Acredito que todo ser humano que passou pela terra tentou provavelmente em vão definir os sentimentos com meras palavras e gestos, por que perguntas sempre existiram e a vontade de explicar tudo que nos rodeia e nos forma nasceu junto com o poder de raciocinar. Raciocínio falho. 
   A lógica humana é incoerente, pois se todo ser humano tem sentimentos inexplicáveis e consciência em relação a isso porque julgam-se uns aos outros? Porque idealizaram uma forma de agir se cada um é formado por escolhas, visões e sentimentos diferentes? Quanto tempo vai demorar pra liberdade existir em sua essência? Quanto tempo vai demorar pra todo mundo não sofrer ao se conhecer? Porque nos fazemos perguntas assim se nós mesmos não agimos assim? Porque conseguimos conviver ao mesmo tempo com essa clareza de consciência e com as normas sociais que fazem tanta gente se esconder e sofrer?
    Perguntas assim são totalmente em vão e aparentemente sem noção, mas as perguntas são o que surgem quando vemos e sentimos, logo podemos ser exatamente isso: um emaranhado de perguntas estranhas, que direta ou indiretamente movem a vida humana.

quinta-feira, 24 de fevereiro de 2011

FELIZ aniversário.

  Foi outro dia, eu fiz 15 anos, sem vestido de debutante, sem valsa, sem festa com 200 convidados... uma torta na garagem de casa e algumas das poucas pessoas que eu realmente considero, das que realmente marcaram esses 15 anos de vida. Uma comemoração singela e inesperada.
  Mas meu presente mesmo estava por vir...  naquele dia (07/02/11) ele era apenas um pedaço de papel guardado por mim num porta retrato,  ele era sem graça mas indicava parte do que estava por vir dez dias depois.
17/02 - 20:10 p.m:  eu estava com o papel na mão, com minhas melhores amigas do lado e com uma euforia que não cabia em mim, não sabia o que esperar mas sabia que seria de qualquer forma prazeroso.
21:00 p.m: um microfone vermelho aparece no palco da casa de shows, ele era o sinal que eu precisava pra eu crer que era realidade. Lembrei ali o dia em que ouvi pela primeira vez a música que eles fazem, e me senti bem mesmo com o calor ocasionado pela aglomeração de pessoas eufóricas.
    Não sei que horas exatamente eles entraram no palco, sei que entraram tocando ignorantemente bem,  e nas duas horas seguintes foram de pulos, gritos, gestos, suor, arrepios, excitação e muita, muita felicidade.
 PARAMORE,   não são a razão da minha vida, não são o ar que eu respiro, nem nada disso que muito fã diz por ai, são pra mim uma das melhores bandas e show deles (presente de aniversário) me levou a  sentir coisas que antes eu nunca havia sentido.
                                                 ''a música me leva a mim mesma''



 Paramore, Belo Horizonte 17/02/2011

quarta-feira, 19 de janeiro de 2011

O amor não cabe em um papel.


  Ele levanta da cama e olha as horas na tela do computador, sua única companhia a semas. Já passa das seis e diferentemente de todos os dias ele se arruma para trabalhar. Frente ao espelho se sente feliz por enfim ter encontrado um emprego mas sabe que vender meias e gravatas não vai levá-lo muito longe. Enquanto toma seu leite feio e sem gosto tenta ver o lado positivo, conhecerá gente nova e claro terá dinheiro para viver como um digno jovem maior e quase independente. Escova os dentes, sai, anda pelas ruas de seus bairro ainda pouco movimentado, chega ao ponto, espera alguns minutos, o ônibus chega e ele embarca.
   Ela olha atentamente para o homem que acaba de entrar, percebe que ele parece perdido e sorri para ele num sinal de permissão para que se sente ao seu lado. Ela olha para a janela assim que ele se senta. O dia será quente pelo sol que se vê. Ela coloca os fones no ouvido e percebe que ele copia seu gesto, olha para o visor do aparelho que ele tira do bolso mas não consegue matar sua curiosidade. Ele ri ao perceber a intenção da garota e vê ali uma chance de puxar papo. Pergunta o que ela gosta de ouvir, ela se assusta, tira os fones e responde que ouve o que agrada seus ouvidos. Ele não gosta muito do tom da resposta, mas fica encantado com o olhar da garota. Não diz mais nada por medo de outra má resposta, apenas olha fixamente para o rosto dela, que agora começa a ficar rosado aparentemente por vergonha. Ela se da conta que é hora de desembarcar e pede a ele que a deixe passar. Ela desce e entra em uma pequena porta que pelo letreiro é um estúdio fotográfico. Três quadras dali ele também desembarca e começa seu primeiro dia de trabalho com os olhos verde  musgo da garota do ônibus na cabeça.  
   O segundo dia ocorre da mesma forma, mas agora a garota não sorri para dar a permissão, o banco já se encontra ocupado por um senhor de uns 60 anos, do qual ela tem raiva agora. O garoto prefere então não se sentar e sem medo algum a olha, a encara, ela percebe mas não sente medo, sente apenas uma incontrolável vontade de retribuir o olhar e é tudo o que ele quer.
    Terceiro dia, é hora de saber nome, endereço ou telefone ele pensa, e sem medo pergunta. Iza, ela diz seu nome mas não pergunta o dele, resolve perguntar algo mais interessante como: '' o que você gosta de ouvir? '', os dois riem e ele responde que gosta de ouvir coisas boas, bem feitas, com boas letras, e boas melodias, mas que prefere ver ao invés de ouvir, ver estórias bonitas de amor, ver o sol, a lua, e olhos como os dela. O papo acaba ali, ela fica estremecida com as palavras, a voz e o jeito incomum encantador dele.
    Um mês, agora ela é Iza fotógrafa profissional de festas e books, tem 20 anos, gosta do que faz, mas quer expandir seu trabalho. Ele é Miguel, vende artigos masculinos numa pequena loja, tem 22 anos, escreve, desenha, toca, nunca teve um namoro duradouro e sonha com um futuro tranquilo.
    Dois meses, ela não vem mais, a algumas semanas não aparece no ônibus e ele vai para o trabalho triste desde então, visivelmente triste. Ele tem desenhado os olhos dela, mas nunca se aproxima da perfeição real.
    Sete da manhã, ele olha na tela do computador, sempre ligado, Miguel se desespera, se arruma com menos de cinco minutos e vai para o ponto tentar pegar algum ônibus, seu emprego está em risco. Ele senta o tempo  passa, um carro popular preto de vidros escuros se aproxima, para em frente a ele, o vidro desce, é Iza. Dessa vez ela sorri permitindo a entrada dele. Ela o explica que seu carro esteve no mecânico durante esses dois meses e por isso pegava o ônibus. Eles conversam como todos os dias, porém com maior liberdade, riem e se olham a todo o momento. A carona acaba e ele segue a pé. Miguel decide pegar a mesma carona no dia seguinte, decide chamá-la pra sair, e assim faz. 
   A noite corre perfeita, seus corpos juntos se encaixam lindamente, seu cabelo cheira a erva doce, seus dedos marcados pelas cordas a fazem rir quando passam por seus pés.
   Dois anos se passam na vida dos dois, agora Miguel não vende meias mais, não pega ônibus nem carona, Iza não tira fotos de debutantes e bebês, agora moram juntos, se amam e trabalham juntos numa escola que montaram onde ensinam música, fotografia e desenho e eu estou tentando explicar pra eles que essa história toda que eles viveram e que Miguel descreveu com palavras não cabe no convite de casamento!

sábado, 27 de novembro de 2010

Por causa do seu olhar ele parou de me ver
Por causa do seu cantar ele parou de me ouvir
Por causa do seu modo de agir ele passou a me condenar
Por causa da sua solidão ele me deixou só
Por sua causa eu o perdi
e Por causa dele eu a invejo.

quinta-feira, 18 de novembro de 2010

- Topáz, Só

Só seremos nós mesmos
Quando estivermos a sós,
E não escutarmos ninguém
Dizendo o que devemos fazer,
Quando estivermos a sós
E não escutarmos ninguém .




quinta-feira, 4 de novembro de 2010

Eu quero mais...
mais dança
mais verde
mais riso
mais individualidade
mais tesão
mais vodka
mais paz
mais amor
mais música
mais precisão
mais amigos
mais clichês.